Módulo Azul: GESTÃO OPERACIONAL DE REDES DE LOJAS
Disciplina: Marketing de
Varejo e Serviços
Carga Horária: 66
Horas - Modalidade:
Presencial
Ementário
Ponto de Venda: varejo exclusivo ou multimarca,
redes, franquias, lojas virtuais, Mix de Produtos: quantidades, sazonalidades,
portfólio, categorias, famílias e SKUs*;
Trade Marketing: contratos, mobiliário
de lojas, ações conjuntas entre indústria e distribuidor visando maior giro do
produto/serviço, administração de Marca Própria;
Gerenciamento por categoria:
quantidade, giro e performance do produto no mix, no setor e no portfólio geral
da empresa, arrecadação e administração de verba introdutória, otimização da
planilha BCG;
Precificação: Formação de preço por margem e por escala,
impostos, custos de comercialização e estocagem, influencia da oferta e demanda;
Comunicação:
ferramentas promocionais;
Atendimento: tipos e qualidade no atendimento de
produtos e serviços; Serviços: intangibilidade, inseparabilidade,
variabilidade, perecibilidade.
Habilidades e Atitudes
1. Aplicar conceitos e práticas do Marketing de
Varejo pautado pela ética e respeitando
os preceitos de sustentabilidade e diversidade econômica, social, ambiental,
cultural e política;
2. Identificar oportunidades, viabilizar operações
e aprimorar o intercâmbio empresarial com vistas a agilizar e ampliar o fluxo
de negócios da empresa.
3.Identificar potenciais de mercado considerando
oportunidades e ameaças para o negócio e para o setor.
4. Elaborar e implementar estratégias de Marketing
de varejo reconhecendo e antecipando-se as motivações, necessidades e desejos
dos stakeholders do segmento.
5. Planejar ações táticas com base em pesquisa de comportamento
do consumidor, comportamento da concorrência, percepção de preços, apontamentos
do governo, reações das mídias materiais e sociais e metas estratégicas da
corporação;
6. Desenvolver atividades que promovam a prestação
de serviços, levando em contas as peculiaridades características de
intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade dos serviços;
7. Interpretar as leis de mercado, desenvolver e
implementar planilha de preços;
8. Planejar estratégias de aproximação e relacionamento
com os stakeholders do setor;
9. Desenvolver e aplicar ações promocionais de
vendas e merchandising no ponto de venda;
Bibliografia Básica
GARCIA, Janaína Leonardo (Org.). Marketing
de serviços e de varejo. São Paulo: Pearson do Brasil, 2015. E-book
GRAZZIOTIN, Gilson. A arte no
varejo: o pulo do gato está na compra. 5. ed. São Paulo: Senac. 2011.
Bibliografia Complementar
KOTLER, Philip. Marketing de a a
z. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2008.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing, 12.ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. E-book.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing:
conceitos, exercícios, casos. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MOREIRA, Julio César Tavares et al. Varejo
no Brasil: gestão de estratégias. 9. reimp. São Paulo: Atlas, 2009.
LOVELOCK, Christopher; WRIGHT, Lauren. Serviços: marketing e gestão. Tradução
de : Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2001.______________________________________________
SKUs - Stock Keeping Unit - Unidade de Manutenção de Estoque. Em logística de armazenagem, está associado a um código identificador.
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A nova era do marketing de varejo
por Tiago Magnus - 09 de abril de 2018
O
marketing de varejo busca observar o comportamento do consumidor, compreender
as suas necessidades e vontades para, então, definir as estratégias adequadas
para o seu perfil. Isso porque o objetivo de todas as estratégias ou ações é o
de promover e aumentar a comunicação com o cliente, criando um relacionamento
entre a empresa e o consumidor. Com isso, ao contrário do que muitos pensam, o
marketing de varejo não está apenas relacionado com a venda de produtos, mas
sim com a fidelização de clientes. Mas, mesmo ampliando o foco, tudo isso
também tem relação com o aumento das vendas e, como consequência, com o
crescimento exponencial dos lucros. Conhecer o cliente é fator imprescindível
para traçar a melhor estratégia de marketing, mas, com as novas tecnologias e
ambiente virtuais, o marketing de varejo encontra mais desafios para atingir o
consumidor certo e conseguir mantê-lo fiel a sua marca.
As
novas formas de consumo
Com
o desenvolvimento tecnológico, a forma de consumo de bens e serviços tem
mudado. Hoje, com a possibilidade de fazer compras pela internet ‒ principalmente
pelo smartphone ‒ e com o aumento
da utilização dessas plataformas de venda, o cliente
está ficando cada vez mais exigente em relação a agilidade e praticidade no
atendimento e nas compras, e ainda, preocupado com a segurança das transações
nesse ambiente.
Omnishoppers é a palavra utilizada hoje em
dia para designar esses consumidores digitais. São aqueles que comparam o que é
oferecido pelas empresas no ambiente virtual, buscando preço, informação de
qualidade, agilidade no produto e/ou serviço oferecido. Eles caracterizam o
novo comportamento de consumo. Esse novo consumidor e a inclusão no ambiente
virtual também trazem consequências a estrutura das empresas. Afetada pela
incorporação de novas tecnologias, a integração dos departamentos, a exatidão
para o controle do estoque e a precisão das entregas de produto são alguns dos
fatores que têm modificado a forma atuação do varejo no mercado virtual.
A
experiência do consumidor
O
setor varejista precisa conhecer o seu cliente, saber das suas necessidades e
desejos específicos para satisfazer essas vontades e construir um
relacionamento confiável e duradouro entre empresa e consumidor. O foco na
experiência do cliente é o valor central para o sucesso do relacionamento com a
empresa. O objetivo é satisfazer as necessidades do consumidor, mas também
criar uma memória positiva sobre a marca. A criação dessa memória está muito
relacionada com a missão, visão e valores de uma instituição. Com isso, para
favorecer as soluções e ações de marketing, o varejo precisa aumentar os
espaços, tanto físico como virtual, para experiências renovadas. Hoje, além de
saber para qual consumidor a loja está desenvolvendo as suas ações, também é
preciso encontrá-los e fidelizá-los em ambientes virtuais, como as redes
sociais, aplicativos e ainda outros meios. A seguir, temos 2 exemplos de
empresas do setor que estão investindo de forma diferenciada no marketing de
varejo. Uma que está investindo no desenvolvimento de novas experiências tanto
para o cliente físico quanto para o virtual e a outra que se baseia na missão
tradicional da empresa para desenvolver a sua estratégia de vendas e de
marketing.
Dois
exemplos de marketing de varejo
01
– Livraria Saraiva
Em
2016, a Livraria Saraiva começou o seu processo de transformação digital. O
objetivo a ser alcançado é o de fidelizar o consumidor, criar novas
experiências para o cliente, como a possibilidade de folhear um livro online e,
ainda, explorar outro mercados por meio da diversificação dos negócios. O
investimento para manter o foco na expectativa do cliente é o que a empresa
alega ser o diferencial que a mantém na liderança na venda de livros. Posto em
que se manteve mesmo com a entrada da Amazon no Brasil. A aposta da empresa é a
união do mundo físico com o digital e proporcionar as mesmas experiências de
compra para clientes físicos e online. Para tanto, um dos projetos
desenvolvidos pela empresa é o Saraiva Entrega, que pode vender produtos
esgotados (ou mesmo inexistentes) na loja física escolhida pelo consumidor. Através
dele é possível reservar o produto no estoque de outras lojas físicas e,
também, as vendas realizadas pelo site – que podem utilizar o estoque de
qualquer loja física – para que o comprador retire o pedido feito online na
loja mais próxima. Além disso, para elevar o trânsito nos estabelecimentos, a
empresa estabeleceu uma parceria com a Google e, a partir da geolocalização dos
clientes, os anúncios que serão visualizados por esse consumidor estarão
relacionados com as lojas físicas mais próximas.
02
– Walmart
O
Walmart nasceu em 1962, com o objetivo de ajudar as pessoas a economizar
dinheiro para que elas pudessem viver melhor. Ainda hoje, a empresa não perdeu
de vista esse objetivo e manter essa missão foi algo positivo para a
estabelecer a sua estratégia de sucesso. Nas lojas físicas, a meta desse
varejista não é o melhor atendimento ao cliente, com funcionários preparados
para ajudar os consumidores em suas compras, o objetivo é ter os produtos na
prateleira da loja e com o preço baixo. Nada mais! Na loja online, a empresa
tem expandido a quantidade de produtos oferecidos. Em 2016, no princípio do ano
eram 8 milhões de itens cadastrados, no final desse mesmo ano eram mais de 20
milhões de itens disponíveis virtualmente. Além disso, no início de 2017, na
loja online dos EUA, o Walmart buscava tornar o processo de compra mais
eficiente para a própria empresa e fornecedores, diminuindo ainda mais o custo,
impactando no valor dos produtos e melhorando a coordenação entre as equipes de
compras. A compra para a loja física e da web começaram a serem feitas em
conjunto, para eliminar os esforços duplicados. Isso significa que os pedidos
feito aos fornecedores serão combinados dos dois tipos de lojas e cada item
disponível para venda na loja física também será aprovado para a venda online. Com
mais produtos na prateleira física e virtual, conseguindo vender com os
melhores preços, a empresa utilizou a sua missão para desenvolver o seu marketing
de varejo e, dessa forma, se manter no mercado. Quem busca o Walmart quer
encontrar o produto com um preço bom e, como vimos, a empresa buscar satisfazer
as necessidades do cliente que procura a sua loja. Percebeu como as
transformações tecnológicas têm modificado o consumidor e o conceito e as ações
do marketing de varejo? As novidades nessa área são muitas e as mudanças estão
acontecendo constantemente.
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As novas realidades no setor de serviços
No passado, as
empresas que operam no setor de serviços ficavam atrás das empresas do setor
industrial com relação à utilização do marketing, seja porque eram pequenas,
seja porque eram profissionais liberais que não usavam marketing ou, ainda,
porque enfrentavam alta demanda ou um nível de concorrência baixo. Mas esse
quadro mudou. Alguns dos profissionais de marketing mais talentosos agora
trabalham para as empresas de serviços.
Uma que merece
aplausos pelo sucesso de seu marketing é a Singapore Airlines.
A Singapore
Airlines é amplamente reconhecida como a “melhor” companhia aérea do mundo —
tão premiada que tem de atualizar seu site mensalmente — em grande parte devido
a seus extraordinários esforços de marketing holístico.
Famosa por mimar
seus passageiros, a empresa aérea busca continuamente surpreender seus clientes
e superar suas expectativas. Foi a primeira a introduzir telas de vídeo
individuais nos assentos das aeronaves. Graças a seu exclusivo simulador de US$
1 milhão, desenvolvido para reproduzir as condições de pressão e umidade do ar
no interior de um avião, a SIA descobriu que as papilas gustativas mudam
durante o voo e que, entre outras coisas, era preciso reduzir o tempero das
refeições servidas a bordo.
A SIA também dá
grande ênfase ao treinamento; seu projeto “Transforming Customer Service (TCS)”
envolve cinco áreas operacionais fundamentais: tripulação de cabine,
engenharia, serviços de terra, operações de voo e suporte a vendas. A cultura
TCS é incorporada ao treinamento gerencial por toda a empresa. Ela adota a
regra 40-30-30 em sua abordagem holística para pessoas, processos e produtos:
40 por cento dos recursos vão para treinamento e motivação, 30 por cento são
gastos com a reavaliação de processos e procedimentos e os 30 por cento
restantes vão para o desenvolvimento de novos produtos.
Com o design
inovador de suas aeronaves Boeing 777-300 ERS e Airbus A380, a SIA definiu
novos padrões de conforto em todas as classes de serviço, desde oito
miniquartos privativos na primeira classe até assentos mais largos, tomadas
elétricas e portas USB na classe econômica.
Mudança
do relacionamento com o cliente
Nem todas as
empresas, contudo, investiram na prestação de um serviço superior, ao menos não
para todos os clientes. Em muitas áreas de serviços, como companhias aéreas,
bancos, lojas e hotéis, a satisfação do cliente nos Estados Unidos não tem
melhorado significativamente nos últimos anos — em alguns casos, na verdade,
ela caiu.
Os clientes
reclamam de informações imprecisas; funcionários desatenciosos, grosseiros ou
mal treinados; e longas horas de espera. Pior ainda, muitos acham que suas
queixas realmente nunca chegam aos ouvidos de alguém por causa de sistemas
lentos ou falhos, seja por telefone, seja pela Internet. Não tem que ser assim.
Cinquenta e cinco
operadores atendem a 100 mil chamadas por ano geradas pelo serviço 0800 da Butterball
Turkey — 10 mil somente no dia de Ação de Graças — sobre como preparar,
cozinhar e servir perus. Treinados na Universidade de Butterball, todos os
operadores prepararam dezenas de perus de diferentes maneiras e são capazes de
lidar com inúmeras dúvidas que chegam até eles, inclusive por que os clientes
não devem guardar perus em bancos de neve ou descongelá-los em banheiras.
Profissionais de
marketing de serviços perspicazes reconhecem as novas realidades do setor de
serviços, tais como a importância do poder do cliente, da coprodução com o
cliente e da necessidade de envolver os funcionários tanto quanto os clientes.
PODER DO
CLIENTE
Os clientes estão
se tornando mais exigentes na aquisição de suporte de serviço a bens e estão
pressionando por “serviços avulsos”. Eles podem querer preços distintos para
cada elemento de serviço e o direito de selecionar os elementos que desejam.
Cada vez mais, também, os clientes preferem não ter que lidar com um prestador
de serviço diferente para cada tipo de equipamento, e algumas assistências
técnicas passaram a atender uma gama maior de aparelhos.
O mais importante
é que a Internet deu poderes aos clientes ao permitir que desabafem sua raiva
por um mau serviço — ou elogiem um bom serviço — e enviem seus comentários para
todo o mundo com um clique do mouse. Embora uma pessoa que tenha uma boa
experiência como cliente esteja mais propensa a falar sobre isso, alguém que
tenha uma experiência ruim vai falar com mais pessoas.
Noventa por cento
dos clientes irritados relataram compartilhar sua história com um amigo. Agora,
eles podem compartilhar suas histórias com estranhos também. No
PlanetFeedback.com, os clientes podem enviar uma reclamação, elogio, sugestão
ou pergunta diretamente a uma empresa, com a opção de também postar comentários
publicamente no site.
Quando o violão
Gibson valendo US$ 3 mil do cantor canadense Dave Carroll sofreu danos de US$
1.200 em um voo da United, ele canalizou sua energia criativa para uma boa
causa. Criou um vídeo bem-humorado, “United breaks guitars” (“A United quebra
violões”), e lançou-o no YouTube com o refrão capcioso a seguir:
United, você
quebrou meu violão Taylor.
United, que grande
amigo você é. Você quebrou, você tem que consertar.
Você é
responsável, admita isso.
Eu deveria ter
voado com outra companhia ou ido de carro porque a United quebra violões.
Visto mais de 5
milhões de vezes, o vídeo focou seus esforços frustrantes para fazer com que a
United pagasse pelos danos. A United captou a mensagem. Ela doou US$ 1.200 para
uma instituição de caridade indicada por Carroll e agora usa o incidente para
treinar os funcionários que lidam com as bagagens e os representantes de
atendimento ao cliente.
A maioria das
empresas consegue responder rapidamente. A Comcast permite contato 24 horas por
dia, 7 dias por semana, por telefone ou bate-papo on-line, mas também contata
clientes e monitora blogs, sites e mídias sociais. Se relatos de problemas por
parte de clientes são detectados por um funcionário em um blog, ele entra em
contato e oferece ajuda.
As respostas aos
e-mails de clientes devem ser implementadas corretamente para serem eficazes.
Um especialista acredita que as empresas devem:
·
enviar
uma resposta automática para informar aos clientes quando uma resposta mais
completa será enviada (de preferência dentro de 24 horas);
·
garantir
que a linha de assunto sempre contenha o nome da empresa;
·
tornar
a mensagem fácil de examinar quanto a informações relevantes; e
·
dar
aos clientes um meio fácil de responder com perguntas de acompanhamento.
Mais importante do
que simplesmente responder a um cliente descontente, no entanto, é impedir que
a insatisfação ocorra no futuro. Isso pode significar simplesmente dedicar
tempo para cuidar do relacionamento com os clientes e dar a eles a atenção de
uma pessoa real.
A Columbia Records
investiu US$ 10 milhões para melhorar seu call center, e os clientes que
telefonam para a empresa agora podem optar por falar com um operador a qualquer
momento durante sua chamada. A JetBlue usou um serviço desastroso para melhorar
sua abordagem de atendimento ao cliente.
O CEO David
Neeleman elevou o padrão de referência sobre dar uma resposta a clientes
enfurecidos após uma drástica falha da empresa no Dia dos Namorados de 2007.
Durante
tempestades em Nova York, a JetBlue deixou centenas de passageiros presos a
bordo de uma aeronave em terra — alguns por mais de nove horas — e cancelou
mais de 1.000 voos. A JetBlue construíra sua reputação como uma companhia aérea
mais ágil e humana em uma era de serviços mínimos e atrasos máximos.
Neeleman sabia que
tinha que agir rápido para conter outro tipo de tempestade: um turbilhão de
deserções de clientes. Em 24 horas, ele colocou anúncios de página inteira em
jornais de circulação nacional em que respondia pessoalmente pela falha da
JetBlue. “Lamentamos e estamos envergonhados”, os anúncios declaravam: “Mas,
acima de tudo, estamos profundamente arrependidos”.
A JetBlue ofereceu
reparações concretas aos passageiros. Neeleman anunciou uma nova “declaração
dos direitos dos clientes” em que lhes prometia créditos de viagem em caso de
esperas excessivas. Por exemplo, os passageiros que não conseguissem
desembarcar de um voo por 3 horas ou mais receberiam vouchers no valor integral
do bilhete de ida e volta.
A JetBlue também
entregaria vouchers para viagens de ida e volta aos passageiros de um voo que
fosse cancelado 12 horas ou menos antes de uma partida. O pedido de desculpas,
sustentado por benefícios concretos para passageiros irritados e prejudicados,
angariou elogios para a empresa tanto da imprensa corporativa quanto dos
próprios clientes JetBlue. Neeleman se demitiu quando uma nova gestão assumiu o
comando para lidar com alguns dos desafios de crescimento que a companhia aérea
enfrentava.
COPRODUÇÃO COM
O CLIENTE
A realidade é que
os clientes não se limitam a comprar e utilizar um serviço, eles desempenham um
papel ativo em sua entrega.
Suas palavras e
ações afetam a qualidade de suas próprias experiências com os serviços e as
experiências de outros, bem como a produtividade dos funcionários da linha de
frente. De modo geral, clientes sentem que obtêm mais valor, e sentem um
vínculo mais forte com o fornecedor, se estiverem ativamente envolvidos no
processo de prestação do serviço. Essa coprodução pode, contudo, pressionar os
funcionários da empresa e reduzir sua satisfação, especialmente se diferirem
culturalmente ou de outras maneiras dos clientes.
Além disso, um
estudo estimou que um terço de todos os problemas de serviço são causados pelo
próprio cliente.
A crescente
mudança para tecnologias de autoatendimento provavelmente vai aumentar esse
percentual.
Evitar falhas de
serviço é crucial, já que se recuperar delas é sempre um desafio. Um dos
maiores problemas é a imputação — com frequência, os clientes acham que a
empresa falhou ou, mesmo que não seja esse o caso, ainda assim ela é
responsável por corrigir quaisquer erros.
Infelizmente,
apesar de muitas empresas terem procedimentos bem desenhados e executados para
lidar com suas próprias falhas, elas constatam que administrar falhas de
clientes — quando um problema de serviço surge por causa da falta de
entendimento ou inépcia de um cliente — é muito mais difícil.
A figura acima exibe as quatro
causas genéricas de falhas dos clientes. As soluções assumem diversas formas,
como mostram os exemplos a seguir:
1. Redesenhar os
processos e redefinir os papéis dos clientes para simplificar contatos de
serviço. Um dos segredos do sucesso da Netflix é que ela cobra uma taxa fixa e
permite aos clientes assistir séries, filmes e animações num volume ilimitado,
proporcionando-lhes total controle e flexibilidade.
2. Incorporar a
tecnologia certa para auxiliar funcionários e clientes. A Comcast, maior
operadora a cabo por assinatura dos Estados Unidos, introduziu um software para
identificar falhas de rede antes que afetassem o serviço e para informar de
modo mais eficaz os operadores de call center sobre os problemas dos clientes.
A repetição de chamadas de serviço caiu 30 por cento como resultado disso.
3. Criar clientes de alto
desempenho, explicando com clareza seu papel, sua motivação e sua capacidade. A
USAA lembra a seus segurados alistados nas Forças Armadas que suspendam o
seguro de seus automóveis quando estiverem servindo no exterior.
4. Incentivar a
“cidadania dos clientes” para que eles se ajudem entre si. Em campos de golfe,
além de os jogadores seguirem regras de jogo e comportamento adequadas, eles
também podem encorajar os outros a fazerem o mesmo.
SATISFAÇÃO DE
FUNCIONÁRIOS TANTO QUANTO DE CLIENTES
Empresas de
serviços gerenciadas com excelência sabem que as atitudes positivas por parte
dos funcionários promovem mais fidelidade de clientes.
Incutir uma forte
orientação ao cliente nos funcionários também pode aumentar a satisfação e o
comprometimento deles no trabalho, sobretudo se tiverem contato constante com o
cliente. Os funcionários prosperam em cargos de contato com clientes quando têm
um impulso natural para:
·
mimar
os clientes;
·
decifrar
com precisão as suas necessidades;
·
desenvolver
com eles um relacionamento pessoal;
·
proporcionar
qualidade de serviço para resolver os problemas dos clientes.
Em consonância com
esse raciocínio, a Sears identificou uma alta correlação entre satisfação do
cliente, satisfação dos funcionários e rentabilidade em loja. Em empresas como
Hallmark, John Deere e Four Seasons Hotels, os funcionários demonstram
verdadeiro orgulho por estarem ali. A desvantagem de não tratar bem os
empregados é considerável. Um levantamento com 10 mil funcionários das 1.000
maiores empresas constatou que 40 por cento deles citaram “falta de
reconhecimento” como a principal razão para deixar um emprego.
Dada a importância
das atitudes positivas dos funcionários para a satisfação do cliente, as
empresas de serviços devem atrair os melhores recursos humanos que puderem
encontrar.
Devem oferecer uma
carreira em vez de um mero emprego. Devem criar um sólido programa de
treinamento e oferecer apoio e recompensas por bom desempenho. Podem usar a
intranet, boletins informativos internos, lembretes diários e mesas-redondas
com as equipes para reforçar atitudes centradas no cliente.
Finalmente, devem
auditar regularmente a satisfação dos funcionários no emprego. A rede de
restaurantes Panda Express tem uma rotatividade de gerentes que é a metade da
média setorial, em parte, devido a uma combinação de bônus generosos e
benefícios de saúde com uma forte ênfase no autoaperfeiçoamento dos
funcionários por meio de meditação, educação e hobbies. Seminários especiais
sobre bem-estar e eventos de autoconhecimento fora do horário de trabalho
ajudam a criar uma atmosfera afetiva e estimulante.
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Marketing de serviço:
8Ps estratégicos
por Fortes Tecnologia
https://blog.fortestecnologia.com.br em10/05/2019
Com um mercado tão disputado e táticas agressivas sendo utilizadas pelas empresas, é preciso aprimorar a sua prestação de serviços para o cliente. Atender bem o cliente e trabalhar para que a experiência com o seu negócio seja positiva não é mais um diferencial; é uma obrigação para negócios que desejam se destacar no mercado.
Através da criação de um relacionamento e do foco no cliente, a sua empresa pode conquistar uma boa parte da fatia do mercado, gerando mais receita e aumentando as vendas. Para isso, invista no marketing de serviços, uma ferramenta ideal para quem quer atrair mais clientes. Entenda agora como ele funciona e quais são os 8 P’s que o acompanham!
O que é marketing de serviços?
O marketing de serviços pode ser definido como um conjunto de atividades operacionais que procuram investigar, obter e servir a demanda de clientes que procuram por determinado produto ou serviço. São ações que analisam, planejam e implementam atitudes para atender as necessidades dos clientes.
O objetivo fundamental desse método é ajudar uma venda com um conjunto de esforços que vão encantar o cliente, diferenciando a sua empresa da concorrência. Ele é uma ferramenta que interage com todas as áreas da empresa, ajudando o seu negócio a gerar mais receita e aprimorando o relacionamento entre cliente e empresa, em todos os setores.
Marketing de serviços e o comportamento do cliente
Nenhuma ação dentro de uma estratégia de marketing deve ser tomada antes de analisar quem é o público-alvo e como ele se comporta. Assim, é possível tomar decisões que condizem com as expectativas dos seus clientes e trazem os objetivos esperados com a campanha.
Essa é uma forma de diferenciar o seu negócio sobre a concorrência e gerar credibilidade. Em serviços, analisamos as preferências e comportamentos do consumidor para aprimorar o fornecimento do serviço para o público final, utilizando técnicas de marketing e comunicação para atender às expectativas do cliente e solucionar seus problemas.
Os 8P’s do Marketing de Serviços
O mercado para serviços é um pouco mais dinâmico e, por isso, é preciso analisar alguns compostos de marketing de acordo com essa ótica. Vamos dar uma olhada nos 8 P’s aplicados ao marketing de serviços.
Produto
É importante definir qual produto será entregue para o cliente. O que sua empresa vende (seja um bem ou um serviço) precisa satisfazer a necessidade do consumidor, criando valor para o cliente e resolvendo um problema. Para a prestação de serviços, o produto é considerado um bem intangível.
Preço
O preço é analisado de forma diferente entre produtos e serviços. O segundo possui menos custos variados se comparado com o primeiro, sendo esses custos repassados para o cliente quando necessário.
Dentro de serviços existem mais custos considerados “invisíveis”, ou seja, eles não são vistos pelo consumidor final. A comparação é o maior ponto de diferença: é possível comparar facilmente diferentes bens, mas para comparar a qualidade de serviços é preciso realizar uma análise minuciosa.
Praça
Como vimos, distribuir serviços gera diversos custos fixos. É preciso que ele esteja disponível para o cliente no momento em que ele precisa, o que gera a necessidade de um planejamento mais apurado, já que não é possível estocar um serviço.
Promoção
Indicação, boca a boca e vendais pessoais são destaque na comunicação e venda em marketing de serviços. A interatividade e a criação de um relacionamento com o consumidor são importantes para incentivar a fidelidade e personificar a mensagem, mesmo que ela seja difundida em massa.
Passando pelos 4 P’s tradicionais, vamos conhecer quais são os outros 4 que compõem o marketing de serviços.
Pessoas
Como podemos ver, as pessoas são extremamente importantes para o marketing de serviços. Todos os envolvidos na prestação de um serviço são influentes no processo de marketing, além dos clientes que vão utilizar o que está sendo comercializado.
Como a matéria prima é a própria mão de obra, é fundamental se preocupar com quem está envolvido no processo. Capacitação, treinamento, alinhamento com a cultura da empresa e qualidade do serviço prestado são primordiais para uma boa estratégia de marketing de serviços.
Processos
Os fluxos de trabalho e metodologias adotadas são importantes em todo o marketing. Ao prestar um serviço, é preciso tomar decisões para que o fornecimento do serviço para o cliente seja o melhor possível.
Os processos influenciam em tudo isso, desde a contratação até o fornecimento ao consumidor final. Bons processos contribuem na fidelização do cliente, já que ajudam no fornecimento de qualidade do serviço.
Produtividade e qualidade
A forma como o serviço é entregue para o consumidor faz toda a diferença. Se no marketing de serviço estamos falando sobre criar relacionamentos e fidelizar clientes através do fornecimento do que foi contratado, o mínimo há ser feito é fornecer uma solução de qualidade.
A produtividade do seu time precisa estar assegurada, é preciso que a entrega do que foi prometido seja feita de forma exemplar, preferencialmente com “algo a mais”. Sempre mantendo os padrões determinados para o fornecimento do serviço.
Perfil (evidências físicas / physical evidence)
Perfil em marketing de serviços indica o local e a forma como o serviço é fornecido. São considerados todos os pontos de contato do consumidor final com a marca/serviço, incluindo pontos de venda, cartões de visita, canais de comunicação online e offline e vários outros. É interessante que as evidências físicas estejam em avaliação constante, para que a experiência do usuário seja sempre a melhor possível.
O marketing de serviços se tornou uma tática de apoio para o crescimento das empresas, investindo em relacionamento e trabalhando para aprimorar a experiência do usuário com a utilização do serviço contratado. Revolucionado todos os tipos de negócios, na mesma direção está o marketing digital, gerando mais clientes qualificados em menos tempo.
Além dos 4P’s do marketing tradicional, existem 4 P’s adicionais que trabalham com enfoque em como o consumidor, utiliza o que foi contratado e interage com o negócio. As maneiras de atuação no mercado merecem uma análise, para adequar as ações às novas tendências do mercado.
Fatores críticos de sucesso
Os fatores críticos de sucesso, em inglês Critical Success Factor (CSF), são os pontos chave que definem o sucesso ou o fracasso de um objetivo definido por um planejamento de determinada organização. Estes fatores precisam ser encontrados pelo estudo sobre os próprios objetivos, derivados deles, e tomados como condições fundamentais a serem cumpridas para que a instituição sobreviva e tenha sucesso na sua área. Quando bem definidos, os fatores críticos de sucesso se tornam um ponto de referência para toda a organização em suas atividades voltadas para a sua missão.
Só é possível alcançar um bom alinhamento entre as características do negócio e as capacidades da empresa quando as suas competências centrais correspondem aos factores críticos de sucesso da indústria. Quando as organizações fazem bem (competências centrais) aquilo que tem de ser bem feito (factores críticos de sucesso), conseguem ter o êxito desejado. Pelo contrário, se as empresas apenas desempenham bem as tarefas pouco importantes ou não se superiorizam à concorrência nas variáveis realmente decisivas, acabam por não ser bem sucedidas.
Fatores Críticos de Sucesso também são fatores que definem as principais orientações que a gestão deve seguir na implementação de um verdadeiro controle sobre os processos de Gestão da Informação.
Além da definição sobre o planejamento organizacional e gestão da informação, outros autores (ALLEN, David; KERN, Thomas; HAVENHAND, Mark) apontam o mercado como aquele que define os próprios fatores críticos de sucesso.
Varejo Mundial from BERTOLLA
IAB Brasil – Interactive advertising bureau
APP Brasil – Associação dos Profissionais de Propaganda
ABEP – Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa
ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
ABRADi – Associação Brasileira das Agências Digitais
ABAP – Associação Brasileira das Agências de Publicidade
ABA – Associação Brasileira de Anunciantes
ABPI-TV – Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão
APRO – Associação Brasileira das Produtoras de Audiovisual
Cinema do Brasil
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