Estética e Comunicação

GUPO EDUCACIONAL CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Programa de Pós-Graduação
Curso: Comunicação e Mercado

Disciplina
Estética e Comunicação
Ano Letivo: 2014 - SETEMBRO E OUTUBRO
Carga Horária: 32 HORAS - 8 AULAS
Professor (a): Prof. Ms. João Rafael de U. C. Lopes
Coordenador: Prof. Ms. Eli Ferreira
Periodicidade: Modular - 8 encontros de 4 horas - Total: 32 horas.

EMENTA
  • Despertar uma visão crítica do contexto midiático da comunicação capaz de identificar a recursividade estética empregada nos diversos simulacros discursivos.
  • A abrangência da estética deverá ser analisada enquanto instrumento hegemônico, no âmbito social e político, cultural e econômico.
  • Interpretar o regime de visibilidade das corporações e instâncias de poder no cenário globalizado da sociedade de consumo.
  • Verificar como se dá a disseminação da informação e a construção do conhecimento no cotidiano de uma sociedade digital, conectada em rede.
  • Compreender a poética na mídia de acordo com um ferramental teórico capaz de destrinchar as minúcias da enunciação que permeia as novas mídias, as mídias tradicionais e offline.

OBJETIVOS
  • Analisar as linguagens estéticas e poéticas nas mídias a partir de uma visão filosófica iluminista, ontológica e sistêmica.
  • Saber traçar uma análise comparatória do discurso publicitário, artístico e mercadológico nos meios de comunicação.
  • Compreender o contexto cultural da contemporaneidade da sociedade pós-moderna, cocada pelo altíssimo consumo da informação.
  • Ter noções sobre as principais teorias estéticas comunicacionais por uma perspectiva histórica.

PROGRAMA
Aula 01: Problematização e contextualização do mundo sistêmico alicerçado pela cultura midiática;
Aula 02: O ferramental teórico enquanto recursividade estética dos simulacros discursivos nos canais de comunicação;
Aula 03: Uma abordagem semiótica da linguagem estética e poética empregada nas mídias;
Aula 04: as principais teorias estéticas comunicacionais por uma perspectiva histórica
Aula 05: A dinâmica cultural da sociedade pós-moderna e o consumo da informação.
Aula 06: Análise comparatória de peças publicitárias, a comunicação das marcas e a transformação do consumo em ciltura;
Aula 07: Leitura estética das artes, do jornalismo e do mundo corporativo nas mídias;
Aula 08: Apresentação de seminários de pesquisa e apresentação de monografia individual ou em grupo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
  • Postura, participação e presença - 20% da nota final;
  • Atividade(s) de avaliação escrita (monografia) - 60% da nota final;
  • Apresentação (seminário de pesquisa) - 20% da nota final.

REFERÊNCIAS
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ARISTOTELES. Arte retórica e arte poética. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1966.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 503 p. : il. ; 24 cm. Na capa: Nova versão. ISBN 8522101485.
BENSE, Max. Pequena Estética. São Paulo: Perspectiva, 2009.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 1990.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. 
CASTRO, Gisela. Mídia, Consumo, Globalização e contemporaneidade.In: BACCEGA, Maria Aparecida (Org.). Comunicação e Culturas do Consumo. São Paulo: Atlas, 2008.
ECO, Umberto. A Definição da Arte. Lisboa: Edições 70, 2000.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2005.
GARCÍA CANCLINI, Néstor. O consumo serve para pensar. In: CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e Cidadãos. 7 ed. Rio de janeiro: UFRJ, 2008. p. 59-73. 227p
GREIMAS, Algirdas Julien. Ensaios de semiotica poetica: com estudo sobre Apollinaire, Bataille, Baudelaire, Hugo, Jarry, Mallarme, Michaux, Nerval, Rimbaud, Roubaud /. São Paulo: Cultrix: USP, 1976.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guaracira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. Tradução Álvaro Cabral. São Paulo: Martins Fontes, 2000. 1032 p. (Paidéia). ISBN 8533608373.
HEGEL, George Wilhelm Friedrich. Curso de estética: o belo na arte. Tradução de Orlando Vitorino. São Paulo: Martins Fontes, 1996. 666 p. ISBN 853360573-0.
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JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. Tradução Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1989.
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JENKINS, Henry, Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008  JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Tradução Marina Appenzeller. 10.ed. Campinas, SP: Papirus, 1996.
LANDOWSKI, Eric; DORRA, Raúl; OLIVEIRA, Ana Cláudia (Org.). Semiótica, estesis, estética. São Paulo: EDUC, 1999.
LÉVY, Pierre. O que é o Virtual? Rio: Editora 34, 2012.
_____. Cibercultura. Rio: Editora 34, 2011.MATTELART, Armand. Diversidade cultural e mundialização. Tradução Marcos Marcionilo. São Paulo: Parábola, 2005. 
MATOS, O. C. F. Contemporaneidades. 1. ed. São Paulo: Editora Lazuli, 2009. 
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PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. Tradução Maria Clara F. Kneese e J. Guinsburg. 3.ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. 439 p. (Debates). ISBN 8527302438.
PROENÇA, Graça. História da arte. 16.ed. São Paulo: Ática, 2003. 279 p. ISBN 8508032447.
SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfred. Imagem. Cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 1998.
____________. Estética de Platão a Peirce. São Paulo: Experimento, (1994)
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Downloads:
http://adsoftheworld.com/
http://www.hrenatoh.net/curso/textos/arteestetica.pdf






Princípios da estética renascentista

A arte renascentista está imbuída dum sentido pagão e profano em que se misturam temas e motivos mitológicos, religiosos e profanos da vida quotidiana.

A estética renascentista caracteriza-se:
• pela aceitação de regras 
• pelo gosto do raciocínio exacto
• pela clareza
• pela recusa da fantasia e da desordem.

O racional aponta para um princípio de verosimilhança que conduz à exclusão do insólito, do anormal e dos caprichos da imaginação.
O classicismo busca o intemporal e o universal e assenta na convicção de que, para além de todas as mudanças, algo permanece imutável — a essência do homem e do mundo;
A imitação da natureza constitui também um preceito basilar: imita-se a harmonia e o equilíbrio da natureza exterior, mas a natureza humana — o estudo do homem, dos seus sentimentos, das suas paixões e ansiedades — constitui preocupação absorvente do clássico que escolhe e acentua os aspectos essenciais do modelo, eliminando os traços transitórios, desprovidos de significado universal;
O intelectualismo clássico não permite os caprichos e desequilíbrios da imaginação e, por vezes, a sua obra parece ser afetada de certa rigidez e secura, conferidas pelo cumprimento de regras. Este perigo é ultrapassado pela sobriedade, equilíbrio, harmonia e rigor da universalidade das obras que nos legaram. Estas obras refletem o labor, o estudo e o saber dos amantes da estética e dos valores da antiguidade clássica.


29set2013

Os 7 princípios do Design Universal

No conceito do Design Universal, suas premissas básicas estão sustentadas por 7 princípios que visam guiar os designers na concepção de seus produtos.
O D.U é uma disciplina criada por Ronald L. Mace, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos. O D.U sustenta a ideia de projetar (ou no inglês, to design) produtos, serviços, ambientes e interfaces que possam ser usadas pelo maior número de pessoas possível, independentemente de suas capacidades físico-motoras, idade ou habilidades.
A Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, possui um centro de estudos chamado The Center for Universal Design (CUD), que tem como missão ser um centro de pesquisa, análise, desenvolvimento e promoção do Design Universal, tanto em produtos quanto em espaços públicos e domésticos.
Pois em 1997, o CUD lançou uma publicação na qual foram definidos os 7 famosos princípios do Design Universal que citamos no post anterior. 
Os princípios estão organizados da seguinte maneira:
  • Nome e número do princípio. Isso serve pra ajudar na assimilação;
  • Definição do princípio. É uma breve descrição das diretivas básicas;
  • Recomendações. E uma lista de elementos-chave que devem estar presentes no design de um produto ou serviço.
É bom lembrar que nem todas as recomendações podem ser relevantes a todos os tipos de projeto. Agora, vamos aos princípios:

Princípio 1: Uso equitativo

Ilustração do uso equitativo
Portas automáticas são convenientes para todos os clientes, especialmente, aqueles com as mãos ocupadas.
Definição: O design deve ser útil e comercializável às pessoas com habilidades diversas.
Recomendações:
  1. Fornecer os mesmos meios de utilização para todos os usuários: idêntico sempre que possível ou equivalente quando não.
  2. Evitar segregar ou estigmatizar quaisquer usuários.
  3. Promover igualmente a todos os usuários privacidade, segurança e proteção.
  4. Oferecer um design atraente para todos os usuários.

Princípio 2: Uso flexível

Uso flexível
Tesouras com encaixes maiores proporcionam o uso com as duas mãos, permitindo que possamos alterná-las durante as tarefas muito repetitivas.
Definição: O design deve acomodar uma ampla gama de habilidades e preferências individuais.
Recomendações:
  1. Oferecer a possibilidade de escolha de métodos de utilização.
  2. Oferecer a possibilidade do uso por pessoas destras ou canhotas.
  3. Possibilitar a precisão e acurácia do usuário.
  4. Oferecer a capacidade de adaptação ao ritmo do usuário.

 

Princípio 3: Uso simples e intuitivo

Uso simples e intuitivo
Em estações de emergência, o uso de cores e símbolos altamente conhecidos permite aos transeuntes facilmente reconhecer os controles disponíveis.
Definição: O uso do produto deve ser fácil de entender, independentemente da experiência, conhecimento, competências linguísticas ou nível de concentração atual do usuário.
Recomendações:
  1. Eliminar a complexidade desnecessária.
  2. Oferecer consistência com a intuição e as expectativas dos usuários.
  3. Acomodar uma ampla gama de competências linguísticas e alfabetização.
  4. Organizar as informações em consistência com a sua importância.
  5. Fornecer mensagens eficazes de aviso e de informação, durante e após a conclusão da tarefa.

 

Princípio 4: Informação perceptível

Informação perceptível
Pequenas ranhuras no teclado do celular revelam onde estão as funções mais importantes, sem que o usuário tenha que olhar para as teclas.
Definição: O produto deve comunicar ao usuário todas as informações necessárias de forma efetiva, independentemente das suas condições ambientais ou habilidades sensoriais.
Recomendações:
  1. Usar diferentes modos (pictórica, verbal, tátil) para apresentação redundante de informações essenciais.
  2. Fornecer uma diferenciação adequada entre informações essenciais e acessórias.
  3. Maximizar a legibilidade de informações essenciais.
  4. Diferenciar elementos de maneira que possam ser facilmente assimilados.
  5. Fornecer compatibilidade com uma variedade de técnicas ou dispositivos utilizados por pessoas com limitações sensoriais.

Princípio 5: Tolerância a erros

Tolerância a erros
Em uma pistola de pregos, uma sequência de segurança requer que o usuário a) pressione a trava de segurança para só então b) puxar o gatilho. Isso minimiza a chance do usuário atirar em alguém ou em algum objeto por acidente.
Definição: O design deve minimizar os riscos e as consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais.
Recomendações:
  1. Organizar elementos para minimizar erros e riscos: os elementos mais usados, mais acessíveis; elementos perigosos eliminados, isolados ou blindados.
  2. Fornecer avisos quanto aos erros e aos riscos.
  3. Fornecer recursos à prova de erros.
  4. Evitar ações inconscientes em tarefas que exigem maior atenção e vigilância.

 

Princípio 6: Baixo esforço físico

Baixo esforço físico
A maçaneta não requer um que o usuário segure-a totalmente para ser aberta. Neste exemplo, ela ainda pode ser usada com a mão fechada ou mesmo com o cotovelo.
Definição: O produto pode ser usado eficiente e confortavelmente, com um mínimo de fadiga.
Recomendações:
  1. Permitir que o usuário mantenha uma posição corporal neutra.
  2. Racionalizar a força necessária para sua operação.
  3. Minimizar ações repetitivas.
  4. Minimizar o esforço físico permanente.

Princípio 7: Tamanho e espaço para aproximação e uso.

Tamanho e espaço para aproximação e uso
Portas largas nas estações de metrô podem acomodar cadeirantes, bem como trabalhadores com pacotes ou bagagem.
Definição: Oferecer espaço e tamanho apropriados para aproximação, alcance, manipulação e uso independentemente do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário.
Recomendações:
  1. Oferecer uma linha clara de visão dos elementos mais importantes para qualquer usuário, esteja ele sentado ou de pé.
  2. Oferecer o alcance a todos os elementos de maneira confortável para qualquer usuário, esteja ele sentado ou em pé.
  3. Acomodar variações de mão e punho.
  4. Fornecer espaço adequado para o uso de dispositivos de auxílio ou assistência pessoal.
Os princípios acima são uma tradução livre da cartilha divulgada pelo C.U.D. Para baixar a cartilha original, em inglês, clique aqui .
É importante ressaltar que os princípios do Design Universal se destinam apenas aos produtos e serviços cuja utilização deve ser universal, ou quando a prática do design tiver que ir além da usabilidade.
http://www.quantumdesign.com.br/7-principios-design-universal/#sthash.Y5xMKOV7.dpuf

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